Cartilha pedagógica sobre forró auxilia professores da Rede Municipal nas aulas sobre festejos juninos

Durante todo este mês de junho as escolas da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa trabalharam a cultura do forró, musicalidade, quadrilhas juninas, cantores e compositores, sanfoneiros, entre outros aspectos, de uma forma mais aprofundada. Os professores de Artes puderam fazer uso da cartilha pedagógica ‘O que é o forró?’, que foi lançada no mês de maio. A publicação é uma iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura de João Pessoa (Sedec-JP), em parceria com a Fundação Cultural (Funjope).

Na Escola Municipal Ativa Integral (Emai) Professor João Medeiros, no bairro dos Novais, foram contextualizados os ritmos nordestinos, como o pé de serra, forró, baião, os artistas, culinária, abordando comidas típicas, as danças, as vestes e a variação linguística.

“Foi um trabalho bem executado. Nós distribuímos a cartilha para nossos professores de referência e os orientamos de como trabalhar dentro desse patrimônio cultural nordestino, fazendo toda essa variação que compõe essa nossa grande riqueza”, disse a coordenadora pedagógica, Maria do Carmo.

Também foi trabalhado com os alunos a origem da festa de São João, do forrobodó, até a compreensão que se tem nos dias atuais. Também foi trabalhado o contexto histórico da origem da sanfona, festa da colheita do milho e quadrilhas juninas.

Rômulo Dantas é professor de Artes dos anos iniciais da Emai Professor João Medeiros. Ele revelou que conseguiu trabalhar do pré-escolar ao 5º ano do Ensino Fundamental I de forma interdisciplinar onde na disciplina de Português, por exemplo, foi abordado o significado e a evolução da palavra forró.

“Essa cartilha foi de grande valia. Quando eu chegava nas salas de aula alguns professores de referência também estavam trabalhando essa questão histórica do forró e me pediam ajuda para falar mais da parte prática pelo fato de eu também ser músico. Vamos continuar trabalhando esta cartilha porque tem muitas coisas ainda para serem exploradas. O livro é bem completo neste sentido de trazer essa base cultural”, disse o professor.